
Na próxima sexta-feira, dia 9 de maio, às 12h, abrem as inscrições para o Prêmio Pallas de Literatura 2025. Os interessados terão até às 15h do dia 30 de junho para submeter os seus originais ao júri da premiação. O resultado será divulgado em setembro, e o livro, publicado no primeiro semestre de 2026, repetindo o cronograma da primeira edição do prêmio, conquistada pela escritora brasiliense tatiana nascimento (ela prefere que o seu nome seja escrito com minúsculas).
Para concorrer ao prêmio, o romance deve ser inédito, ter entre 100 mil e 500 mil caracteres, com espaços, estar no formato PDF e não identificar quem o escreveu de nenhuma forma a fim de garantir que a avaliação do júri seja baseada apenas na qualidade literária. Ao contrário da edição anterior, o candidato pode ter outros romances publicados, bastando que a obra inscrita seja inédita.
Podem se candidatar brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil e autodeclarados negros, a partir de 18 anos. De temática livre, os originais devem ser anexados ao formulário que exige preenchimento e estará disponível no site oficial www.premiopallas.com.br entre os dias 9 de maio e 30 de junho.
Além de publicar a obra, quem vencer ganhará uma mentoria com o escritor Henrique Rodrigues, curador do Prêmio Pallas de Literatura e colunista do PublishNews. Nessa etapa, ele vai compartilhar com a pessoa vencedora um pouco da sua experiência sobre a cena contemporânea, como funcionam os eventos da área e o mercado de livros em geral.
“O Prêmio Pallas 2024 nos trouxe uma autora muito experiente e muito importante que é a tatiana nascimento com um romance que atravessa a questão de afetos e transição de gênero. Uma honra tê-la em nossa casa editorial. Que a nova edição revele ótimas histórias aos nossos leitores”, diz Mariana Warth, filha e sócia de Cristina Warth na editora carioca que completa 50 anos neste 2025.

Água de maré, o primeiro romance de tatiana, já está nas livrarias, e terá eventos em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ela autografou exemplares recentemente, na Flipoços, realizada em Poços de Caldas, Minas Gerais, e comentou que os originais, escritos em dez anos, foram rejeitados por algumas editoras. "Muito feliz que ele tenha sido selecionado justo pela qualidade do texto", ressalta a vencedora.
A iniciativa objetiva descobrir autores negros e oferecer a eles a primeira oportunidade de publicar um romance no país, na mesma casa que edita nomes consagrados, como Conceição Evaristo, Nei Lopes, Eliana Alves Cruz, Ondjaki, Teresa Cárdenas, Raul Lody, Cidinha da Silva, Joel Rufino dos Santos, Helena Theodoro e Reginaldo Prandi, entre muitos outros.