A morte de
Cícero Sandroni foi confirmada na manhã desta terça (17) pela
Academia Brasileira de Letras (ABL). O jornalista e escritor ocupava a cadeira de número 6 desde 2003, sucedendo Raymundo Faoro. Cícero morreu em casa, de choque séptico causado por infecção urinária, em estado de saúde delicado devido a uma longa doença. Era casado com Laura Constância Austregesilo de Athayde e tinha cinco filhos. O velório será nesta quarta (18), a partir das 10h, na sede da Academia Brasileira de Letras (Av. Presidente Wilson, 203 — Rio de Janeiro / RJ). Como jornalista, integrou redações de destaque do Rio de Janeiro como Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Jornal do Commercio e O Globo. É reconhecido pela sua dedicação à ABL, da qual foi presidente entre 2007 e 2009.
Durante o período da ditadura civil-militar, em 1976, ele ajudou a organizar o Manifesto dos Mil, importante documento de intelectuais brasileiros, ao lado de nomes como Nélida Piñon, Lygia Fagundes Telles e Hélio Silva.
É co-autor com sua esposa, Laura, de O século de um liberal, livro que conta sobre a vida e obra de Austregésilo de Athayde, seu sogro, relevante pensador brasileiro e defensor da revolução constitucionalista e que também foi presidente da Academia. Escreveu também o livro de contos O Diabo só chega ao meio-dia (Nova Fronteira), em 1985.