As proximidades no pensamento de Lina Bo Bardi e Aldo van Eyck
PublishNews, Redação, 27/02/2025
Publicado pela Cobogó, 'Lina por Aldo' conta com dez ensaios sobre aspectos essenciais da trajetória de cada um dos arquitetos e traz fotografias inéditas feitas pelo arquiteto holandês das obras de Bo Bardi no Brasil

Organizado por Isabel Diegues e Jorn Konijn, Lina por Aldo (Cobogó, 400 pp, R$ 112) busca conhecer e aproximar as ideias e as obras dos arquitetos Lina Bo Bardi e Aldo Van Eyck. Ilustrado com fotografias inéditas feitas por Van Eyck das obras de Bo Bardi no Brasil — a quem ele considerava um dos três maiores nomes da arquitetura —, Lina por Aldo apresenta ensaios de autores de diversas partes do mundo. Lina Bo Bardi (1914-92) marcou em definitivo a arquitetura e a cultura do Brasil, com projetos como o MASP e o Sesc Pompeia, em São Paulo, e o Solar do Unhão, em Salvador, reunindo cultura, política e antropologia à arquitetura. A italiana naturalizada brasileira pesquisou por toda a vida a arquitetura vernacular e a inventividade do design popular na construção de objetos do cotidiano, incorporando-os a seus projetos arquitetônicos e a seus escritos. Da mesma geração, Aldo van Eyck (1918-99), conceituado arquiteto holandês, projetou o célebre Orfanato Municipal de Amsterdam, assim como centenas de playgrounds públicos para esta cidade. Em 1969, em São Paulo, Aldo Van Eyck conheceu o Masp e participou de um almoço na Casa de Vidro de Lina Bo e Pietro M. Bardi. Mas apenas em 1994, ao ver a exposição póstuma “Lina Bo Bardi Arquiteto”, em Londres, Aldo foi tomado por um encantamento pelas ideias da arquiteta, passando a dedicar os últimos anos de sua vida a divulgar a obra de Lina, na qual via ligações com suas próprias ideias. A partir de cinco aspectos essenciais em suas carreiras, Lina por Aldo traz dez ensaios que buscam refletir sobre as convergências e contrastes na obra dos dois.

[27/02/2025 07:00:00]